Enquanto o euro tenta ganhar força para um novo movimento de alta contra o dólar americano, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou acreditar que a autoridade monetária conseguirá manter a inflação dentro da meta, graças à queda nos preços dos bens não energéticos.
Durante um evento em Paris, o economista irlandês ressaltou que, para que a inflação permaneça em 2%, é necessária uma desaceleração adicional da inflação não energética. Lane disse estar confiante de que isso ocorrerá, já que todos os indicadores monitorados apontam para uma continuidade na desaceleração do crescimento salarial.
Muitos economistas manifestam preocupação de que confiar apenas na desaceleração do crescimento salarial pode não ser suficiente para manter a inflação sob controle. Além disso, a instabilidade geopolítica e novas interrupções nas cadeias de suprimentos podem provocar a qualquer momento um novo aumento nos preços da energia, minando os esforços do BCE.
Por outro lado, a economia da zona do euro continua a crescer, e a taxa de desemprego permanece em um nível historicamente baixo — um ponto claramente positivo. Ainda assim, o ritmo de crescimento dos salários está diminuindo, o que permite ao BCE manter uma postura de espera em relação às taxas de juros. Lane destacou que a manutenção da inflação próxima da meta de 2% resulta da interação de vários fatores.
Embora os preços no setor de serviços ainda cresçam acima de 3%, parte desse movimento é explicada pelo fato de que os salários ainda estão se ajustando, após ficarem defasados em relação ao salto inflacionário pós-pandemia. Analistas do BCE projetam que o ritmo de crescimento começará a desacelerar de forma mais consistente daqui em diante. Para que a inflação retorne ao patamar de 2%, estima-se que os salários na Europa precisam crescer entre 2,5% e 3%.
O euro reagiu moderadamente à declaração deste representante do BCE.
Em relação ao quadro técnico do EUR/USD, os compradores precisam, primeiro, recuperar o nível de 1,1590. Só então será possível mirar um teste em 1,1615. A partir desse ponto, o preço pode avançar até 1,1635, embora esse movimento seja difícil sem o apoio de players institucionais. O alvo mais distante permanece na máxima em torno de 1,1655. Se o par recuar, espera-se atividade significativa dos compradores na região de 1,1570. Caso o fluxo comprador não apareça nesse nível, o cenário mais prudente é aguardar uma atualização da mínima em 1,1550 ou considerar aberturas de posições longas a partir de 1,1530.
Em relação ao quadro técnico do GBP/USD, os compradores da libra precisam romper a resistência imediata em 1,3250. Isso abrirá espaço para um avanço até 1,3280 — nível acima do qual a continuidade do movimento se torna consideravelmente mais difícil. O alvo mais distante está na região de 1,3310. Se o par recuar, os ursos tentarão retomar o controle a partir de 1,3210. Um rompimento consistente abaixo desse nível representaria um golpe sério para os touros, empurrando o GBP/USD para a mínima em 1,3185, com possibilidade de extensão até 1,3155.
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