O padrão de ondas no gráfico de 4 horas do EUR/USD permanece consistente há vários meses, o que é bastante encorajador. Mesmo durante a formação de ondas corretivas, a integridade da estrutura é preservada, permitindo previsões relativamente precisas. Vale lembrar que padrões de ondas nem sempre se parecem com os exemplos clássicos dos livros. No momento, porém, a estrutura está muito clara.
O segmento de alta da tendência continua em desenvolvimento, enquanto o cenário de notícias, em grande parte, favorece o euro em relação ao dólar. A guerra comercial iniciada por Donald Trump segue em curso, e o confronto com o Fed continua. As expectativas do mercado para cortes de juros do Fed se tornam cada vez mais dovish. A avaliação do mercado sobre os primeiros 6–7 meses do governo Trump permanece bastante baixa, mesmo com crescimento econômico de 3% no segundo trimestre.
Atualmente, pode-se supor que a onda impulsiva 5 ainda está em andamento, com alvos potenciais próximos da região de 1,25. Dentro dessa onda, a estrutura apresenta certa complexidade devido ao movimento lateral observado no último mês, mas ainda é possível identificar claramente as ondas 1 e 2. Assim, a perspectiva de alta continua válida, já que a onda impulsiva ainda não foi concluída.
Na sexta-feira, o par EUR/USD recuou 30 pontos-base, um movimento que ganharia mais relevância se não tivesse sido precedido por uma queda de cerca de 80 pontos entre quarta e quinta-feira. Um total de 110 pontos em menos de três dias é considerável, considerando o cenário de notícias. Se o mercado tivesse continuado comprando euro após a reunião do Fed, seria difícil se surpreender.
A reunião do BCE da semana passada deixou claro que o regulador não pretende implementar novos cortes de juros. A inflação está sob controle, e a necessidade de afrouxamento monetário só surgiria se o CPI caísse abaixo da meta de 2%. Segundo Christine Lagarde, um leve aumento na inflação é possível no curto prazo, de modo que não se espera afrouxamento monetário ainda este ano.
A situação com o Fed é distinta. Esta semana, o FOMC decidiu reduzir as taxas, mas isso não deve ser visto como uma concessão pontual aos participantes do mercado ou a Trump, que em 2025 cobrou abertamente por flexibilização monetária. Trata-se apenas do início de um ciclo prolongado. Na semana passada, o mercado esperava dois cortes até o final do ano; agora, projeta três. Dessa forma, as expectativas dovish se fortaleceram, e Jerome Powell, em seu discurso regular, não descartou a possibilidade desse cenário.
Considerando tudo isso, não vejo motivos fortes para uma queda significativa do par ou para alteração do padrão de ondas atual. A suposta onda 3 de 5 já assumiu uma estrutura completa de cinco ondas, indicando que o mercado pode estar formando agora a onda 4 de 5 — uma onda corretiva. Assim, a expectativa é de retomada do crescimento na próxima semana.
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua a formar um segmento de tendência de alta. A estrutura de ondas ainda está fortemente influenciada pelo cenário de notícias, ligado às decisões de Trump e à política interna e externa do novo governo dos EUA. Os alvos do segmento atual podem se estender até o nível de 1,25. Como o cenário de notícias permanece inalterado, continuo mantendo posições de compras, mesmo com o primeiro alvo em torno de 1,1875 (161,8% de Fibonacci) já atingido. Até o final do ano, espero que o euro avance até 1,2245, correspondente ao nível de 200,0% de Fibonacci.
Em uma escala menor, todo o segmento de tendência de alta é claramente visível. O padrão de ondas não é o mais clássico, pois as ondas corretivas apresentam tamanhos diferentes. Por exemplo, a onda 2 maior é menor do que a onda 2 interna da 3. Mas isso é comum. O ideal é identificar estruturas claras nos gráficos, em vez de se prender a cada onda individualmente. No momento, a estrutura de alta deixa poucas dúvidas quanto à direção do mercado.
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