Na quarta-feira, o mercado de ações dos EUA fechou em alta: o S&P 500 subiu 0,27%, o Nasdaq 100 avançou 0,09% e o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,43%.
No entanto, durante o pregão asiático desta quinta-feira, os futuros dos índices americanos recuaram e o dólar se fortaleceu após o presidente Donald Trump aumentar as tensões comerciais ao sugerir a possibilidade de elevação das tarifas para a maioria dos parceiros comerciais. Os contratos futuros do S&P 500 e das ações europeias caíram cerca de 0,2% depois que Trump declarou planos de impor uma tarifa universal entre 15% e 20%, acima do patamar atual de 10%. O dólar canadense também se enfraqueceu significativamente após Trump anunciar uma tarifa de 35% sobre determinadas importações do Canadá.
As declarações inesperadas de Donald Trump geraram ondas de inquietação nos mercados financeiros, aumentando a ansiedade entre os investidores. As tarifas amplas que ele propôs representam uma guinada drástica em relação aos compromissos anteriores do ex-presidente e podem afetar seriamente as relações econômicas globais. Há o temor de que tais medidas elevem o custo das importações, prejudiquem a competitividade das empresas americanas e, em última análise, provoquem uma desaceleração do crescimento econômico.
Enquanto isso, os índices asiáticos ampliaram seus ganhos após estrategistas do Goldman Sachs elevarem suas projeções para as bolsas da região — com exceção do Japão —, citando uma melhora no cenário macroeconômico e uma redução nos riscos relacionados a tarifas.
A semana foi marcada por um aumento nas tensões comerciais, à medida que Trump avançou com seus planos de impor tarifas a diversos parceiros comerciais, numa tentativa de remodelar acordos globais que, segundo ele, seriam desfavoráveis aos Estados Unidos. Apesar disso, os investidores mantiveram o fluxo de recursos para o mercado de ações, com o S&P 500 fechando a quinta-feira em uma nova máxima histórica. Isso indica que o mercado está, ao menos por ora, deixando em segundo plano as preocupações com uma possível desaceleração econômica e alta da inflação, para se concentrar na temporada de divulgação dos resultados corporativos.
Paralelamente, há expectativa de que Pequim anuncie um novo pacote de estímulos fiscais e monetários para impulsionar a economia chinesa, que sofre com demanda interna fraca, crise no setor imobiliário e tensões geopolíticas crescentes. Entre as medidas em estudo está um possível corte na taxa de juros pelo Banco Popular da China, visando baratear o crédito para empresas e consumidores. Também estão sendo avaliados maiores investimentos públicos em infraestrutura — como estradas, ferrovias e aeroportos —, que não apenas estimulam a economia, mas também geram empregos. Além disso, discute-se a possibilidade de cortes de impostos para pequenas e médias empresas, com o objetivo de aliviar a pressão financeira, viabilizar reinvestimentos e permitir a expansão da produção — fatores fundamentais para a recuperação do país.
Do ponto de vista técnico, os compradores têm como meta hoje romper a resistência mais próxima, situada em $6.267. Caso consigam superar esse nível, o caminho fica aberto para uma alta até $6.276, com o próximo alvo importante em $6.285 — o que reforçaria o domínio dos otimistas sobre o mercado.
No cenário oposto, se o apetite por risco diminuir, será fundamental que os compradores defendam a região de $6.257. Uma queda abaixo desse patamar poderia levar o índice a recuar para $6.245 e, possivelmente, até $6.234.
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