Os últimos serão os primeiros. Os sinais de deterioração da economia americana e a incerteza causada pela paralisação levaram os investidores a diversificar suas carteiras. No início de novembro, eles reduziram sua exposição às empresas de tecnologia. Rumores de uma retomada iminente das atividades do governo trouxeram tudo de volta ao normal. As ações das Sete Magníficas registraram seu melhor desempenho desde maio. Como resultado, o S&P 500 renasceu das cinzas.
Assim como o Federal Reserve, os investidores também operaram em meio a incertezas devido à falta de informações. O fim da paralisação permitirá a divulgação dos dados econômicos dos Estados Unidos e, com base nessas informações, ajudará a prever os próximos movimentos do banco central. A história mostra que, quando o governo foi fechado em 2013, os dados de emprego foram divulgados alguns dias após a retomada das operações.
As preocupações sobre a supervalorização das ações de tecnologia e os baixos retornos dos investimentos em inteligência artificial parecem ter ficado para trás. O mercado voltou a "comprar na baixa", e o sentimento otimista prevalece. Analistas de Wall Street estão mais confiantes do que nunca: por exemplo, o Morgan Stanley acredita que lucros corporativos sólidos impulsionarão o mercado acionário em 2026. À medida que novos dados sobre a economia americana forem sendo divulgados, a incerteza em relação ao rumo das taxas de juros do Fed deve se dissipar gradualmente.
De fato, no terceiro trimestre, os lucros das empresas do S&P 500 cresceram 14,6%, superando amplamente as expectativas. O Morgan Stanley destaca que a revisão contínua para cima das projeções pelos analistas de Wall Street é um sinal claramente otimista. A diferença entre otimistas e pessimistas atingiu seu nível mais alto desde abril.

Um dos "touros" do mercado é o UBS Group, que projeta que o S&P 500 alcance um recorde de 7.500 pontos até meados de 2026. Isso representa uma alta potencial de cerca de 11% em relação aos níveis atuais. Segundo o banco, os gigantes de tecnologia continuarão a gerar lucros robustos e a liderar o desempenho dos demais componentes do amplo índice de ações.
Parece que o período de domínio do medo no mercado de ações norte-americano chegou ao fim, a ganância voltou à cena. Ao mesmo tempo, dados sólidos sobre a economia dos EUA devem ter um impacto positivo sobre o S&P 500, impulsionados pelas expectativas de crescimento dos lucros corporativos. Já estatísticas mais fracas também podem sustentar um rali no índice, uma vez que aumentariam a probabilidade de a Reserva Federal adotar uma postura mais acomodatícia em sua política monetária.

Os "otimistas" encontram-se em uma posição vantajosa em meio à economia divergente — ou em formato de K, dos Estados Unidos. A lacuna entre os americanos ricos, que possuem ações, e os menos favorecidos, sem investimentos em títulos, continua a se ampliar. Enquanto isso, a rede de segurança do Federal Reserve segue amparando ambos os grupos.
Tecnicamente, no gráfico diário do S&P 500, os compradores reagiram rapidamente ao padrão de barra pin, abrindo o pregão com alta em gap. Todas as médias móveis permanecem abaixo do preço atual, o que reforça a força e a convicção dos otimistas. As posições compradas abertas a partir do nível de 6.731 devem ser mantidas e ampliadas. Os alvos projetados estão definidos em 7.000 e 7.140.
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