Na quarta-feira, o par EUR/USD continuou a cair e se consolidou abaixo da zona de suporte em 1,1260-1,1282. Portanto, a queda de preços de hoje pode continuar em direção ao próximo nível de retração Fibonacci de 23,6%, em 1,1186. Uma consolidação acima da zona de suporte de 1,1260-1,1282 favoreceria o euro e sugeriria uma potencial recuperação para 1,1320 e 1,1374.
A estrutura de ondas no gráfico horário mudou. A última onda de alta rompeu o topo anterior, mas a onda de baixa mais recente também quebrou o fundo anterior — o que sugere uma possível reversão de tendência para o lado vendedor. As notícias recentes sobre o cancelamento do aumento de tarifas contra a União Europeia e a redução mútua de tarifas entre China e Estados Unidos favoreceram os ursos.
Na quarta-feira, o noticiário foi praticamente inexistente, com destaque apenas para a divulgação tardia da ata do FOMC — o relatório da última reunião do Federal Reserve, que geralmente não traz novidades significativas ao mercado. A divulgação de ontem não fugiu à regra. A ata indicou que a maioria dos membros do comitê prefere adotar uma postura cautelosa em relação à política monetária, diante do aumento da incerteza econômica.
Os dirigentes do Fed ressaltaram a dificuldade de avaliar com precisão os impactos das guerras comerciais sobre a economia e, por isso, optam por aguardar que os efeitos das tarifas se manifestem completamente. Até o momento, permanece incerto quais tarifas implementadas por Trump serão mantidas, reduzidas ou ampliadas, e com quais países novos acordos comerciais serão firmados. Diante disso, o Fed manifestou a intenção de manter a taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,5% até que o cenário se torne mais claro. A ata teve impacto limitado sobre o dólar.
No gráfico de 4 horas, o par voltou ao nível 100,0% Fibonacci em 1,1213. Uma recuperação a partir deste nível apoiaria o euro e retomaria o crescimento em direção à retração de 127,2%, em 1,1495. Uma consolidação abaixo de 1,1213 aumenta a probabilidade de um declínio contínuo em direção ao nível de Fibonacci de 76,4%, em 1,0969. Atualmente, nenhuma divergência emergente é visível em nenhum indicador.
Relatório de Compromisso dos Traders (COT):
Durante a última semana do relatório, os traders profissionais fecharam 3.507 posições de compra e abriram 6.814 posições de venda. O sentimento do grupo "não comercial" continua em alta - graças a Donald Trump. O número total de posições de compra mantidas por especuladores é agora de 206.000, enquanto as posições de venda estão em 132.000. A diferença continua a crescer em favor dos touros. Assim, a procura pelo euro continua e não podemos dizer o emsmo em relação ao dólar. A tendência é consistente.
Por dezesseis semanas consecutivas, os grandes participantes do mercado vêm reduzindo as posições de vendas e aumentando as compras. A divergência na política monetária entre o BCE e o Fed ainda favorece o dólar dos EUA, mas as políticas de Trump continuam sendo uma influência mais forte sobre os investidores. Essas políticas podem levar a uma recessão nos EUA e a outros problemas estruturais de longo prazo.
Em 29 de maio, o calendário econômico traz dois eventos importantes nos EUA. No entanto, a reação do mercado pode ser discreta, já que os investidores estão familiarizados com os dados do PIB do primeiro trimestre. Agora, os baixistas precisam de um apoio mais robusto das notícias e dos relatórios para manter o ímpeto.
As posições de venda eram anteriormente viáveis abaixo da zona de 1,1374-1,1380, com alvos em 1,1320 e 1,1282 - já alcançados. A consolidação abaixo de 1,1260-1,1282 permite que os traders mantenham posições de venda visndo atingir 1,1186. Recomendo considerar posições de compra em uma recuperação a partir de 1,1186 no gráfico horário com alvos em 1,1260-1,1282.
As grades de Fibonacci são construídas a partir de 1,1574-1,1066 no gráfico horário e de 1,1214-1,0179 no gráfico de 4 horas.
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