Para o par GBP/USD, o padrão de ondas continua indicando a formação de um segmento de tendência de alta (gráfico inferior), mas nas últimas semanas ele assumiu uma forma mais complexa e prolongada (gráfico superior). O segmento de tendência iniciado em 1º de julho pode ser considerado a onda 4 ou alguma onda corretiva de ordem superior, já que apresenta uma estrutura interna claramente corretiva, e não impulsiva. O mesmo vale para suas subestruturas internas. Portanto, apesar do prolongado enfraquecimento da libra, acredito que a tendência de alta permanece intacta.
A estrutura de onda de baixa iniciada em 17 de setembro assumiu a forma de um padrão de cinco ondas a-b-c-d-e e pode estar concluída. Se esse cenário estiver correto, o par deve estar no início da formação de uma nova sequência de ondas de alta.
Naturalmente, qualquer estrutura de ondas pode se tornar mais complexa e prolongada a qualquer momento. Até mesmo a onda 4 — que vem se formando há quase cinco meses — poderia evoluir para uma estrutura de cinco ondas, o que estenderia o período corretivo por mais alguns meses. No entanto, há possibilidade de que uma nova sequência altista esteja começando a partir daqui. Se essa suposição estiver correta, já vimos a primeira onda, e a segunda pode estar concluída.
O GBP/USD avançou 15 pontos-base na terça-feira. Os movimentos atuais do mercado continuam extremamente pouco atrativos, algo especialmente evidente nos gráficos de prazos curtos. No entanto, não tenho como "fazer" o par se mover como nos velhos tempos com uma varinha mágica. Assim, resta constatar o óbvio: os movimentos atuais são fracos ou complexos, tornando a negociação mais difícil. O padrão de ondas segue se complicando, mesmo em dias que aparentam simplicidade. Por exemplo, quem realmente espera fortalecimento do dólar se o Fed está adotando um tom cada vez mais dovish? Ainda assim, o mercado se recusa a vender a moeda americana — razão pela qual o GBP/USD não consegue subir.
Durante a sessão dos EUA de hoje, ao menos três relatórios importantes serão divulgados.
• PPI: é relevante por influenciar diretamente o CPI, extremamente importante para o Fed. Quanto mais o PPI subir, maior tende a ser a alta do CPI. Se a inflação surpreender para cima, o FOMC pode ser forçado a reavaliar sua postura dovish na reunião de dezembro.
• ADP: apesar de refletir a situação do mercado de trabalho, acredito que o FOMC aguardará os dados das folhas de pagamento não agrícolas de outubro e novembro. Por isso, não considero o ADP um evento-chave.
• Vendas no varejo: é um indicador sólido, mas só deve atrair atenção significativa se a leitura de setembro divergir fortemente das expectativas.
O padrão de ondas do par GBP/USD mudou. Continuamos diante de um segmento de tendência impulsiva de alta, mas sua estrutura interna tornou-se mais complexa. A estrutura corretiva de baixa a-b-c-d-e dentro da onda c de 4 parece estar completamente concluída. Se esse for realmente o caso, espero que o segmento principal da tendência retome sua formação, com alvos iniciais próximos aos níveis de 1,38 e 1,40. No curto prazo, é possível esperar a formação da onda 3 ou c, com alvos em torno de 1,3280 e 1,3360, correspondentes aos níveis de 76,4% e 61,8% de Fibonacci.
O padrão de ondas em uma escala maior parece quase perfeito, embora a onda 4 tenha ultrapassado o pico da onda 1. Contudo, vale lembrar que padrões de ondas "ideais" existem apenas nos livros didáticos — na prática, tudo é muito mais complexo. No momento, não vejo razões para considerar cenários alternativos ao segmento de tendência de alta.
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