A moeda americana está bem colocada nas posições de liderança, confirmando mais uma vez sua força. Ao mesmo tempo, os especialistas temem que a queda do euro no par EUR/USD, que começou na semana passada, continue.

No final da semana passada, o dólar mostrou uma redução no preço em relação ao euro, que continuou a enfraquecer. Relatórios decepcionantes sobre o setor industrial dos EUA se revelaram como o motor do declínio do dólar. Segundo dados atuais, o índice de atividade comercial na indústria americana (ISM de Manufatura) caiu para 53% em junho, de 56,1% em maio.

Neste contexto, a moeda europeia afundou significativamente em relação à americana. O catalisador da queda do euro foi uma aceleração em larga escala da inflação anual em 19 países da zona do euro. De acordo com relatórios, a inflação deu uma volta vertiginosa em junho, subindo para 8,6% em relação aos 8,1% anteriores. Para os especialistas, este é outro aumento recorde, que aumenta a probabilidade de um aperto da política monetária por parte do Banco Central Europeu.

Muitos participantes do mercado estão confiantes que o BCE poderá aumentar a taxa novamente na reunião de julho. A razão é a aceleração prolongada da inflação e o risco de seu aumento. Na situação atual, o BCE está pronto para rever sua previsão de crescimento econômico para baixo. Neste contexto, os temores sobre a estagflação na zona do euro estão crescendo.

Anteriormente, a presidente do BCE, Christine Lagarde, expressou preocupação com a recessão, mas esperava um resultado favorável para a economia da zona do euro.

Entretanto, vários fatores negativos, como a hiperinflação, o baixo crescimento econômico e uma prolongada crise energética, aumentam a preocupação do banco central com uma queda significativa na economia europeia.

Neste contexto, o dólar se fortaleceu consideravelmente, mais uma vez "acompanhando" do euro. Na manhã de segunda-feira, 4 de julho, o par EUR/USD estava sendo negociado a 1,0433, aproximando-se de 1,0349 - uma baixa de cinco anos alcançada em maio. Segundo os analistas, tais ações significam uma fuga para o dólar por parte dos investidores.

Alguns participantes do mercado preferem investir no USD em meio a perspectivas desfavoráveis para a economia global. Ao mesmo tempo, os especialistas registram uma série de sinais alarmantes indicando um enfraquecimento da economia dos EUA. Deve-se notar que os gastos pessoais nos Estados Unidos diminuíram para 0,3% em junho em relação aos 0,6% anteriores. Ao mesmo tempo, a taxa de inflação está diminuindo gradualmente, e o mercado de trabalho nos Estados Unidos está mostrando um crescimento estável. Por isso os mercados esperam que a Reserva Federal continue lutando contra a inflação alta e apertando a política monetária.

No início desta semana, as moedas de risco estavam sendo negociadas perto de mínimos plurianuais frente ao dólar, enquanto o euro permanecia sob pressão. Os investidores preferem ativos de refúgio seguro, principalmente o dólar. Poderosas injeções financeiras apoiaram esta última, permitindo que ela se fortalecesse contra as moedas dos países exportadores. O apoio adicional ao dólar americano foi proporcionado pela deterioração das perspectivas para a economia global. Atualmente, o dólar é mantido em níveis elevados, e o índice do dólar se consolidou perto de 105.100, aproximando-se da alta nos últimos 20 anos. O crescimento da moeda americana não foi impedido pelas dúvidas dos participantes do mercado sobre o próximo aumento das taxas de juros nos