De acordo com dados de 13 de julho, a taxa da inflação nos Estados Unidos atingiu 5,4%, uma leitura só vista na crise de 2008. Porém, o Fed teimosamente insiste que um indicador tão alto assim não durará muito. O tempo virá e não precisarão mais imprimir dinheiro em volumes tão altos. Além disso, as taxas de juros serão aumentadas mais cedo ou mais tarde. De acordo com a maioria dos analistas, o primeiro aumento da taxa fundamental pode ocorrer em dezembro do próximo ano. Mas é bem difícil fazer previsões de longo prazo, já que tudo pode mudar, especialmente já que a redução da política monetária não é uma tarefa tão fácil. A mesma situação aconteceu em 2008, quando a economia mundial estava na fase de recessão, mesmo que não tenha sido tão significativa como hoje. Na época, o Fed aumentou as taxas de juros apenas seis anos depois. É por isso que as economias acreditam que a redução da política monetária ocorrerá em 2023, ou seja, apenas três anos após o início de sua suavização.

Embora a economia dos EUA esteja recuperando as perdas sofridas durante as restrições da quarentena e o mercado obviamente esteja voltando à vida, a economia ainda está muito fraca. Isso é refletido tanto na moeda dos EUA quando nos rendimentos das obrigações do governo. Seria extremamente inocente esperar que grandes mudanças aconteceriam nos próximos meses. Os bens importados nos Estados Unidos subiram 11,3%, por isso é provável que os preços de bens no consumidor cresçam. Curiosamente, há rumores de que a verdadeira taxa da inflação no país seja muitas vezes mais alta que os valores oficiais.

A moeda dos EUA cai não apenas devido a uma economia incerta, mas também por causa de um excesso de dinheiro no sistema financeiro. A impressão de dinheiro simplesmente o desvaloriza. Os traders não estão prontos para investirem em obrigações que não consigam cobrir até metade da inflação. O sentimento de baixa também está espalhado pelo mercado de obrigações. Como com o dólar dos EUA, as obrigações do governo não estão mais populares agora, devido ao fato de que continuam sendo emitidas em uma quantidade ilimitada.

Devido a tais eventos, a demanda por ativos de risco está dinâmica, já que os traders simplesmente não têm outras opções para investir. Em busca de investimentos lucrativos, muitos agora recorreram ao mercado de ações, então podemos esperar novos picos dos principais índices. De acordo com a maioria das estimativas modestas, as ações podem saltar de 12 a 15% nos próximos meses. Aparentemente, os que ganham mais são os setores tecnológicos e biotecnológicos, assim como o setor imobiliário. Os investimentos de capital de risco também atingiram uma quantidade sem precedentes. Os especialistas estão curiosos para ver como os bancos centrais pararão essa onda sem colapsar os mercados ao mesmo tempo.

Contra esse cenário de preços crescentes, o ouro, que sempre foi um ativo que protege os traders da inflação, esta recuperando-se rapidamente. Quanto ao petróleo, ele também sobe estavelmente. Conforme a economia dos EUA volta ao normal, a demanda por commodities aumentam também. Mesmo assim, o dólar dos EUA está caindo gradativamente.

Por motivos óbvios, os investidores querem livrar-se da moeda que está perdendo preço e comprar ativos que podem ajudar a cobrir os custos inflacionários. As obrigações do governo são uma nova opção, então na maioria dos casos são simplesmente ignoradas. É por isso que o dólar está extremamente volátil e os rendimentos das obrigações do governo caem. Porém, ações, commodities, até ações chinesas estão subindo estavelmente. Os investidores estão focando sua atenção nos riscos da inflação. Então costumam investir seus fundos assim que possível para protegerem-se de perdas significativas.