Atualizações e previsões de mercado

As análises da Forexmart fornecem informações técnicas atualizadas sobre o mercado financeiro. Esses relatórios variam de tendências de ações, previsões financeiras, relatórios de economia global e notícias políticas que afetam o mercado.

Disclaimer:  O ForexMart não oferece consultoria de investimento e a análise fornecida não deve ser interpretada como uma promessa de resultados futuros.

Guerra comercial sem fim: dólar americano sofre com o nervosismo entre EUA e China
07:55 2025-10-16 UTC--5

A guerra comercial, que se intensificou na semana passada após o anúncio de Donald Trump de tarifas de 100% sobre produtos chineses, continua pressionando o dólar americano. Na manhã de quinta-feira, a moeda recuou para uma mínima de 98,38 — e esse pode não ser o fundo do poço caso a incerteza nas relações entre EUA e China persista. Veja o que se sabe até agora sobre o conflito e o que os mercados devem esperar a seguir.

Dólar sob pressão: últimas tendências do mercado cambial

Na manhã de quinta-feira, o índice do dólar americano caiu para 98,38 frente a uma cesta das principais moedas globais — um nível não registrado desde a primavera. O índice, que mede a força do dólar em relação a seis moedas-chave, recuou 0,16% nas últimas 24 horas e 0,33% na semana.

O euro subiu para a máxima semanal, alcançando US$ 1,1664, enquanto o iene japonês se destacou entre as moedas fortes, atingindo 150,52 por dólar, seu nível mais alto em sete dias.

analytics68f08b45ab14f.jpg

A fuga visível do dólar é impulsionada não apenas pelo aumento das expectativas de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve, mas também pelas tensões geopolíticas. As crescentes preocupações com uma possível escalada no conflito entre EUA e China, reacendido na semana passada, estão pesando significativamente sobre a moeda americana.

Como começou a nova rodada da guerra comercial

Para recapitular: o conflito entre EUA e China teve início no começo deste ano, quando ambos os lados impuseram pacotes iniciais de tarifas de importação e restrições retaliatórias.

Após várias rodadas de negociações e concessões mútuas durante a primavera, os dois países concordaram com uma trégua comercial de 90 dias, prorrogada diversas vezes.

No entanto, a decisão recente de Washington de impor sanções técnicas e novas taxas portuárias sobre embarcações chinesas desencadeou uma nova onda de confrontos.

Pequim respondeu na mesma moeda, anunciando controles mais rígidos sobre a exportação de minerais de terras raras e outros materiais estratégicos. Além disso, cresce na China o debate sobre a criação de novas barreiras para empresas ocidentais que operam no país.

Em reação, Donald Trump advertiu que, caso a China não faça concessões, tarifas adicionais de 100% poderão entrar em vigor já em 1º de novembro. Posteriormente, a Casa Branca amenizou ligeiramente o tom, afirmando que os EUA continuam abertos ao diálogo e dispostos a discutir possíveis soluções para a disputa.

Encontro Trump–Xi: esperanças e temores

Mercados e empresas depositam suas expectativas no aguardado encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, que, segundo autoridades norte-americanas, poderá ocorrer ainda este mês, à margem da cúpula da APEC, na Coreia do Sul.

Espera-se que essa reunião seja um momento decisivo, capaz tanto de conter a escalada quanto de consolidar a ruptura entre as duas maiores economias do mundo.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, enfatizou que Washington está comprometido com um engajamento diplomático sério. Bessent deve viajar à Ásia antes da cúpula para se reunir com o vice-premiê chinês, He Lifeng, preparando o terreno para a reunião presencial entre os líderes. Esse nível de preparação evidencia a ênfase da Casa Branca nas negociações como ferramenta para estabilizar a situação.

Ainda assim, os mercados permanecem cautelosos. Por um lado, o encontro oferece uma oportunidade real de estender a trégua atual e, potencialmente, reverter algumas restrições; por outro, a retórica cada vez mais dura de ambos os lados reduz as expectativas de um avanço significativo sem concessões concretas.

Novas ameaças e tensões diplomáticas

Apesar das esperanças em relação às próximas negociações, o conflito comercial continua se intensificando, com novas ameaças. Nesta semana, os mercados reagiram fortemente às declarações de Donald Trump sobre a possível restrição das importações de óleo vegetal chinês usado na produção de biocombustíveis.

Trump afirmou que tais medidas estão sendo consideradas em retaliação à recusa de Pequim em adquirir soja americana e que o governo está preparado para agir de forma decisiva para proteger os agricultores dos EUA.

Enquanto isso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, destacou que, caso a China continue reforçando os controles de exportação de materiais estratégicos, os EUA estão prontos para coordenar contramedidas com seus aliados, incluindo Europa, Canadá, Austrália, Índia e outras nações asiáticas.

analytics68f08c3bb652d.jpg

Ele enfatizou que erros burocráticos na China não devem ditar os termos das cadeias globais de suprimentos e que qualquer ação irresponsável por parte de Pequim será respondida de forma coletiva e firme.

Bessent também criticou diretamente o comportamento de certos representantes chineses, condenando veementemente o vice-ministro do Comércio, Li Chengang, por aquilo que descreveu como atitudes "desrespeitosas" e "desequilibradas" durante uma visita a Washington em agosto. Segundo ele, essas condutas aumentam as tensões e sinalizam uma possível ruptura nas relações, algo que o mundo claramente deseja evitar.

Opiniões de especialistas e cenários de desaceleração

A maioria dos economistas concorda que as próximas semanas serão cruciais para o futuro do comércio global e dos mercados cambiais.

Especialistas do Commonwealth Bank of Australia e do OCBC acreditam que o cenário mais provável não é um amplo acordo comercial, mas sim uma nova extensão da trégua atual — ainda que com prazo limitado. Joseph Capurso, por exemplo, vê grande possibilidade de que EUA e China prolonguem as concessões mútuas por mais 90 ou até 180 dias, a fim de evitar uma escalada mais intensa do conflito.

Ao mesmo tempo, alguns analistas destacam que a inquietação dos mercados decorre principalmente da incerteza estrutural e do comportamento imprevisível de ambos os lados. As últimas ameaças envolvendo tarifas e controles de exportação podem ser apenas uma encenação, uma estratégia para acumular vantagem diplomática antes da cúpula.

Traders relatam aumento da volatilidade nos últimos dias, juntamente com uma crescente demanda por ativos de refúgio, como ouro, iene e franco suíço, refletindo queda na confiança no dólar como moeda de reserva global.

Alguns especialistas vão além: uma guerra comercial prolongada poderia remodelar as cadeias globais de suprimentos, e a atual fraqueza do dólar pode ser apenas o "primeiro tiro de advertência" antes de uma correção mais profunda.

Os mercados estão particularmente apreensivos quanto aos mecanismos de controle de exportações da China. Alguns estrategistas alertam que a implementação completa das novas regras poderia causar escassez de componentes de alta tecnologia e gerar pressões inflacionárias nos EUA e na Europa.

O que vem a seguir: principais riscos e perspectivas do mercado

No curto prazo, os mercados permanecerão extremamente sensíveis a qualquer declaração ou vazamento relacionado às negociações entre EUA e China.

A data-chave é 10 de novembro, quando expira a fase atual da trégua. Caso os líderes consigam ao menos "congelar" temporariamente o conflito, a queda do dólar pode desacelerar, e os índices globais poderão começar a se recuperar.

No entanto, analistas alertam que, mesmo em caso de desescalada, a rivalidade estratégica entre as duas superpotências econômicas não desaparecerá.

Os investidores já buscam alternativas ao dólar. O capital flui para os mercados europeus e asiáticos, além de ativos como o ouro. Refúgios seguros — como o franco suíço, o iene e algumas commodities, continuam em destaque. Se as negociações fracassarem e as tarifas propostas forem implementadas, o risco de turbulência cambial e de mudanças estruturais no comércio global se intensificará.

Em última análise, o destino do dólar nas próximas semanas dependerá menos de indicadores macroeconômicos ou das decisões de juros do Fed e mais do diálogo político entre os líderes mundiais.

Um dólar mais fraco pode se tornar a nova norma do mercado caso o impasse diplomático persista. Por outro lado, uma mudança repentina em direção a um compromisso, ainda que temporário, poderia restaurar a confiança na moeda americana e ajudar a estabilizar os mercados globais.


    






Comentários

ForexMart is authorized and regulated in various jurisdictions.

(Reg No.23071, IBC 2015) with a registered office at First Floor, SVG Teachers Co-operative Credit Union Limited Uptown Building, Corner of James and Middle Street, Kingstown, Saint Vincent and the Grenadines

Restricted Regions: the United States of America, North Korea, Sudan, Syria and some other regions.


© 2015-2025 Tradomart SV Ltd.
Top Top
Aviso de Risco:
O câmbio estrangeiro é altamente especulativo e complexo por natureza, e pode não ser adequado para todos os investidores. A negociação em Forex pode resultar em um ganho ou perda substancial. Portanto, não é aconselhável investir dinheiro que você não pode perder. Antes de usar os serviços oferecidos pelo ForexMart, reconheça os riscos associados à negociação forex. Procure aconselhamento financeiro independente, se necessário. Observe que nem o desempenho passado, nem as previsões são indicadores confiáveis de resultados futuros.
O câmbio estrangeiro é altamente especulativo e complexo por natureza, e pode não ser adequado para todos os investidores. A negociação em Forex pode resultar em um ganho ou perda substancial. Portanto, não é aconselhável investir dinheiro que você não pode perder. Antes de usar os serviços oferecidos pelo ForexMart, reconheça os riscos associados à negociação forex. Procure aconselhamento financeiro independente, se necessário. Observe que nem o desempenho passado, nem as previsões são indicadores confiáveis de resultados futuros.